segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que eu senti

Depois da noite aflita de ontem, com tantos pesadelos e alguém dizendo que eu só pensava em mim e que eu poderia começar a pensar mais nos outros, inclusive nos meus amigos, a madrugada sem sono, seria como uma recompensa de quem tem medo de fechar os olhinhos.Vi minhas apostilas, as roupas jogadas, os objetos fora do lugar, e um pouco de saudade guardada. E até escrever eu desaprendi: pude dizer isso ao orvalho, no nosso primeiro café literário proposital; eu acho que ele entendia minhas palavras e minhas desculpas, e tudo estava preparado com pompa pelos ares. As antenas requintadas e vaidosas ostentavam luxo.Vamos lá, o que é isso?seja forte...Então eu fui mesmo ser forte: nada de pesadelos, nada de medos,e tudo está arrumadinho como em uma cerimônia,uma reza. O coração meio mole como gelatina, os olhos feito esponjas usadas, pingavam, sujando o chão... Se alguém ligar vou dizer que está tudo bem e que ao final de tudo, ao final de tudo, eu chorei, eu magoei, não acabei esse texto porque minhas mãos entraram em desepero e foi a última coisa que eu quis dizer.