terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sim as rosas murcham !

Na vasta trajetória de abandonada sempre abandonada... Ouço insistente o chuveiro pingar como se fosse criado
Para tortura psicológica, isso me aflige e de certa forma me causa raiva, desconforto tento descompassadamente afastar pensamentos
Ruins, bons, prazerosos, angustiosos. Todos os tipos deles e deixar minha mente fluir como se ela tivesse vida própria.
Sinto meu corpo rígido precisando de calma. Calma essa que procuro incessantemente durante anos de existência sinto como se fosse de outra época como se tivesse vivido muito e tivesse cansada dos mal traçados passos.. Cansada da vida sem nexo e abortada, meu vazio é tão grande que às vezes meu subconsciente se ilude de que não é nada disso! É como se tivesse em um sonho real
Vivendo um pesadelo, enquanto meu espírito vaga no mundo da fantasia, e ao contrário me afoga em um mundo sinistro, escuro
Pronto pra me matar com suas armas letais e famintas por uma alma distraída, ingênua, sem malícia nenhuma ao contrário do meu corpo, que não sei como e porque já nasceu esperto e que não me vale nada é apenas matéria em decomposição... Pergunto-me como pode haver dentro de mim um lado inocente e outra maliciosa. Alma e corpo... Não sei
Aprendi a ser forte independente dessas virtudes ou não, só sei que sigo marcando passos, não sei bem o que sigo, nem aonde chegarei
Só sinto o extinto de continuar!

A felicidade distante

O batom me beijou, talvez com a intenção de provocar a mim, ou aos outros. Não sei, foi um beijo forte, ardente, libidinoso,
Percebo por as marcas vermelhas e delineadas da minha boca, que tenta sucumbir a fome de ser beijada, o batom sentiu vergonha
E foi embora, só deixou sua marca linda e selvagem.
E a boca ficou com saudade, às vezes na calada da noite, escutam os choramingões e os gemidos de dor, pobre boca chorou tanto
Que dentro de si formou-se salivas... Salivas essas, trocadas por beijos á procura do batom fugido covardemente...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Meu amor

Nunca me senti só, como posso me sentir só, se tenho a mim, seria uma falta de respeito comigo dizer isso, que dizer que eu não sou ninguém?
Adoro passar horas comigo às vezes fazendo algo às vezes só pensando... Nosso passa tempo preferido é rebuscar tudo que um dia foi vivido; as lembranças! Tudo que nos fora passado e esquecido nos cantos por pessoas, sou a melhor maneira de lazer que posso encontrar, até parece
Loucura! Mas o que posso fazer se confio em mim, se vejo minha imagem refletida e reconheço nela minha melhor companhia e amiga... Sempre precisei de algo assim, só não entendo porque me acham anti-social... O mundo é um marasmo me sinto extenua, mas não é cruel ,porque tenho quem me entenda, descobri alguém para amar, eu gosto de estar comigo

O singelo me atraí você não sabe?

Estava no devaneio de estar acordada ou não.
Contemplava a chuva, deveria ser 05h30minhrs... Foi uma sensação tão boa que eu pensei que o sono me quisesse de todo jeito,
De repente levanto, e sinto a brisa gelada, inundar meu rosto quente, me recordando momentos agradáveis
Que eu havia cultivado e colhido e hoje só restou à saudade. Está tudo tranqüilo, apesar de ter passado a noite em claro
Revirando-me enquietamente a noite toda pela cama, é como se eu tivesse esperando algo e o mais empolgante é que eu tinha certeza que algo viria... E veio. A chuva! Que de maneira arrebatadora invade meu corpo febril de sono, e me alivia todo calor, que já
Faz tempo que pretendia abandoná-lo a qualquer aquecedor que o quisesse... A chuva me fez pensar, e pensar, me fez remexer no baú velho e empoeirado centralizado na minha memória esquecida, apenas resquícios de lembranças, as lembranças de certo modo me abriu um sorriso de orelha a orelha. Era a imagem do meu pai deitado em uma rede comigo, era tão surreal, mais era real, estávamos juntos para minha espalhafatosa alegria, admirávamos a chuva. Ele de um jeito mais vivido, pesado, experiente e muito feliz. Eu de uma maneira racional e louca para que fosse verdade, da forma que combatesse todo meu pesadelo e o culpado por não deixar eu me deliciar em cobertas com cheiro de bebê e travesseiros fofinhos... O calor!Mas o que importava era aquele momento único,o cheiro primordial e maravilhoso que só a natureza me proporciona,desculpe meu egoísmo, por usar o singular, mas eu sinto que eu deva agarrar essa sensacional liberdade com unhas e dentes, o aroma me abriu o apetite, mas nenhuma refeição existente conseguirá suprir o que o olfato absorve e me proporciona cheiro de terra molhada, que me deixa boba e me remete a noites natalinas, que era festejada dentro de mim, desde o começo do ano, estava lá, inflando, pronta para explodir...
A vida é simples,quando se é vista com simplicidade e prazer,e eu amadora desse fenômeno incrível e simples que me faz ter inspirações Plena madrugada, Chamada chuva.
Agradeço por me acordar apenas uma vez na vida, do mundo obscuro, e sentir o lado misto, de melancolia e alegria. É só uma vez no ano que me sinto assim, no período chuvoso. Tempo nublado que me faz ficar melancólica e absurdamente feliz e cheia de gozo! É tua minha essência.