quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dajavú part II

Não é o medo da morte! É a saudade da vida.

Par ou ímpar?

Dezembro era doce como o bolo de laranja da minha avó. Mas desta vez,era meio-amargo como o pó do cacau. As flores apenas desabroxavam,mas não exalavam. Todo mundo era técnico,o serviço todo não era feito. O que aconteceu com esse doce dezembro? O café tava no bule brigado com o açúcar. O fogo tava magoado com a lenha,por isso,estava frio. Eu estava sozinha,por isso estava triste. Faltava o Q ou o H. As borboletas estavam morrendo por que não sabiam identificar o néctar sem o odor das flores. O endereço zangou-se com a casa,e todos se perderam! A noite expulsou o dia,e fez-se negro. Na entrada de uma fazenda havia uma placa que dizia:PROCURASSE A FELICIDADE. Recompensa: TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA. Todos começaram a procura-la.Encontraram-na quase morta,o sofrimento estava sugando sua força. O amor pegou-a nos braços e viajaram a procura de um coração vazio. Acharam. Mas de vez em quando,precisa-se de manutenção. Por que o amor e a felicidade são fujões.

Sombras assombram

Vinha de uma longa caminhada,e tinha apenas a companhia dos carvalhos,dos paus-Brasil e dos assombrosos pés de acácia. Fazia-se uma sombra doída,me remetia as velhas lembranças de um amor não vivido,mas habitante firme do meu coração.Carregava no peito um pesar que me incomodava a alma,assustava minhas entranhas. Sentia o chegar do tempo,da vida que levava e dos remorsos acumulados em 20 anos de vida. Cheguei,adentrei uma cidadezinha pacata,a noroeste do Maranhão,fazia-se muito calor,me agoniava o sentido das coisas e a razão delas.Entrei num bonito lugar,bastante iluminado pela lua,mas o lindo lustre suspenso chamava minha atenção,deveria de ser barroco.Caminhei mais a frente,e vi uma construção medieval! Era uma catedral. Lembrei de risos e templos claros,senti alguém passar correndo,algo branco e de alma bonita.Era o meu amor! Eu estava sonhando